sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Red Front: Entrevista com vocalista e guitarrista da banda


RED FRONT 2011 RED FRONT   entrevista
Entrevista por Groundcast
Ano passado uma amiga minha me apresentou uma banda de Thrash Metal, banda esta que seria uma das minhas preferidas do cenário brasileiro, banda esta que é a Red Front, banda lá de SP e que faz um puta Thrash e que deixa muita banda gringa ai no chinelo.
Então, eu tive o prazer de conversar então com o Léo (vocal) e o Oscar (guitarrista) e eles me concederam uma entrevista muito foda e também muito engraçada, vamos a ela:
Olá rapazes, como vocês já devem saber, sou o Vitor, o mano lá do twitter que sempre que pode dá uma moral pra vocês por lá…Desde já agradeço a oportunidade de fazer essa entrevista.
Então pelo que eu sei a banda iniciou as atividades em 2007… conte como isso ai começou. 
Oscar: A banda foi formada em janeiro de 2007 depois da junção dos integrantes através das redes sociais, todos estavam insatisfeitos com suas antigas bandas e decidiram procurar por outra banda “mais séria”, se é que isso é possível no Red Front!
Léo: Todos tinham como objetivo fazer um som pesado, para todos nessa banda o bate-cabeça deveria virar modalidade olímpica, hauhahauhuah, e nossa intenção era fazer um som pra galera se destruir o máximo possível nas rodas!
Foi assim que começou essa zona!
Como foi a gravação do primeiro álbum da banda, o ‘Memories Of War’ e como que é essa parte de criação de letras e melodias das musicas?
Oscar: A gravação foi feita em meu home studio e a mixagem e masterização no estudio Mr. Som com o pessoal do Korzus. As músicas (instrumental) normalmente sou eu que faço a maioria, embora o Marcelo também tenha contribuído com algumas músicas, a parte de letras deixamos com o Léo, nosso vocalista, afinal ele precisa fazer alguma coisa porque não tem nenhum equipamento pra carregar durante os shows heheheheehehe
Léo: Porra, não carrego nada?! E a parte da beleza? Onde fica?! UHAUHAUAH bom as músicas funcionam nesse esquema, os caras trazem algum riff e vamos trabalhando, pra dar aquela cara de música mesmo eu vou encaixando um melodia de vocal, quando o esqueleto da música está quase pronto eu vejo com os caras qual tema vai encaixar melhor naquela música e faço a letra!
Bom, seus shows são sempre energéticos, sempre colocando a galera presente para agitar. Vocês distribuem a famosa gelatina com vodka, jogam lá o boneco emo para a galera destruir e tal… como surgiu essas ideias? E você acha que isso ajuda a cativar a galera a participar do show mesmo?
Oscar: Essas foram ideias minhas também, tive a ideia da gelatina quando estava sozinho em casa e com muita vontade de ficar “high” (travado, doido, bêbado, chapado ou similares hehehehe), ai desenvolvi essa deliciosa e alucinógena receita. Não precisa nem falar que quando os moleques da banda provaram, ficaram bêbados igual uma vaca e aprovaram a receita. A malhação do boneco emo veio em um sonho que tive, sonhei que estava no programa da “Lucianta Gimenez” e tinha todo aquele povinho nojento descendo a lenha em nós porque estávamos estimulando a violência contra os emos, acordei e achei a ideia legal e resolvi fazer o boneco, quando jogamos ele pra galera vimos que realmente se tratava de uma coisa violenta e passamos a adotar a prática! Hahahahahahaha
Léo: A nossa maior intenção com a Gelatina é quebrar o gelo com a galera, muitas vezes tocamos em lugares que nunca estivemos na vida, não conhecemos ninguém, é então que a Gelatina RED FRONT entra em ação como uma forma de nos aproximar do público, gritou “BUCETA” ganhou!!!
Já o boneco é uma forma de extravasar toda a indignação que nós temos com o rock’n’roll no nosso país, tantas bandas por ai batalham tanto por um lugar ao sol, tem mais de 10 anos de estrada e acabam frustradas sem espaço na mídia, ai você junta quatro moleques mimados, da um banho de tinta guache e purpurina neles, enfia goela a baixo do povo e do nada você cria o “maior sucesso dos últimos tempos”?! Nós sabemos que isso não acontece no mundo real e por isso criamos o boneco, pra que a rapaziada que vai aos nossos shows possam liberar a raiva que eles tem dessas bandas coloridinhas por ai.
Bom no ano passado que vocês fizeram aquela turnê pela europa certo? Pelo que eu fiquei sabendo por ai, vocês quase foram presos por lá…cara, como que isso aconteceu?
Oscar: Quase não, fomos presos hahahahaahahah! O que aconteceu foi o seguinte: estávamos na Holanda e como todos sabem, lá a maconha é legalizada (e muito boa por sinal). Resolvemos fumar uns baseados em um coffee shop, o problema é que gostamos muito da mercadoria e resolvemos fazer um estoque pro resto da tour. Saindo da Holanda fomos pra França (até ai tudo bem, já que de uma país ao outro até agora não tínhamos pegado nenhuma fronteira com policiais e coisas do tipo), o problema foi que quando saímos da França fomos pra Inglaterra e lá sim tinha a fronteira policiada, resumindo… tomamos no cu e fomos pro xadrez! Hahahahahaha
Léo: O que eu aprendi com isso?! Se você tem um problema na gringa é só gritar como uma garotinha pela embaixada brasileira que eles resolvem a fita, ficamos uma noite presos e na manha seguinte eles nos liberaram, pois a quantidade que tínhamos não caracterizava trafico! Veja só o que duas bombas boladas podem fazer por você na Inglaterra! auhauhuahuahu
Há poucos dias vocês abriram o show do Destruction em SP. Como foi essa experiência?
Oscar: Essa foi uma experiência muito foda, foi a realização de um sonho! Somos muito fãs do Destruction e ser convidado a dividir o palco com eles foi uma honra sem tamanho. Sem contar fumar um baseadinho com os caras no camarim! Hahahahahahaha
Léo: Pô o Destruction é a minha banda preferida de Thrash alemão, curto o som dos caras demais, ter tocado com eles e ainda conviver nem que por algumas horas ali no mesmo ambiente é uma puta honra! Por toda sua vida você sonha em ser como esses caras e de uma hora pra outra você tá ali com eles fazendo um show junto, é muito gratificante!
E ainda ligado a esse show, o que vocês acharam da tal ‘resenha’ que um jornalista fez sobre o show de vocês? Até porque ele só criticou mesmo e nada além disso. 
Oscar: Isso é normal e temos que respeitar a opinião dele, só achamos engraçado as palavras que ele usou, parecia que ele estava falando sobre física nuclear, hemorroida, termos de otorrinolaringologistas ou alguma doença venérea hahhaahahaha, nada a ver com o nosso bom e velho sexo, drogas e rock’n'roll!
Léo: Ele pode não gostar do nosso som, ou do nosso show, ou até mesmo não ir com a nossa cara, é um direito que ele tem e nós respeitamos isso, eu só queria entender o que palavras como ufanista, obtuso, populista e freudiano tem haver com um show de metal?! Auhauhauhaa Nós estamos ali tocando para as pessoas que gostam da putaria que fazemos em cima do palco e por isso vamos continuar levando essa festa por onde nos chamarem!
Na opinião de vocês, acham que a cena Metal brasileira está melhor do que a uns anos atrás? Ou ainda precisa melhor para dar suporte as bandas que ainda não são tão conhecidas assim?
Oscar: Na minha opinião a cena está melhor, mas ainda temos muito que melhorar, precisamos de mais apoio dos promotores, público, casas, etc. É o velho clichê, mas é verdade! Os gringos estão muito na frente de nós nesse aspecto. Só de apoiarem mais bandas autorais do que covers já dá pra ver a diferença.
Léo: A cena cresceu e está se fortalecendo, e vai crescer muito mais, por isso devemos começar a pensar no que estamos construindo em nosso próprio país em relação ao metal, temos quatro anos de banda, já tocamos em muitos lugares do Brasil e sabemos a qualidade do nosso Metal, seja ele Thrash, Death, Black, Melódico, Grind, não importa, o Brasil está cheio de bandas boas, só nós é que ainda não criamos essa consciência, a partir do momento que valorizarmos o som que se faz aqui, vamos ter uma cena tão forte quanto a europeia ou a americana!
Então rapazes, quais são os planos da banda para esse ‘fim’ de 2011? Album novo a caminho ou ainda é muito cedo para falar disso?
Oscar: Os planos da banda eu não sei, mas o meu é comer a Mônica Mattos! Hahahahahahaha agora falando sério… estamos compondo material pra um novo CD (tenho várias músicas prontas pra mostrar pros caras e começar a trampar em cima), mas ainda está muito cedo pra pensar em lançamento de algo novo. O que faremos é mais uma coletânea com a participação de outras bandas, em breve mandamos novidades de como será. E estamos com a agenda cheia, inclusive faremos uma tour pela Argentina em novembro. Hermanas nos esperem peladitas!!!
Léo: Nosso plano principal é não parar de tocar! Já fomos para Europa, tocamos em toda região Sul e Sudeste do país e agora estamos indo para uma tour pela América Latina e em 2012 temos planos de tocar nos EUA e queremos finalmente conhecer o Nordeste, cujo público dizem ser o mais insano do Brasil! Queremos tocar o Memories of War por todo o país ano que vem, mas aguardem novidades sobre as novas músicas, já posso adiantar que nosso próximo CD vai ser muito mais pesado do que o Memories!
Léo e Oscar agradeço pela entrevista, e gostaria que vocês deixassem uma mensagem para os leitores do GroundCast e também para os fans da Red Front.
Oscar: Muito obrigado pela oportunidade, valeu mesmo pela força! Gostaria de convidar todos os bangers a comparecer a um show do Red Front e provar nosso drink oficial, a gelatina red front (feita de cachaça), é só gritar buceta que ganha uma dose e um cd de presente. Vejo vocês no circle pit seus safados!
Léo: Gostaria de agradecer ao Vitor pela oportunidade e a toda a galera do GroundCast e dizer que estão todos convidados a tomar aquela Gelatina Red Front safada e a fumar aquele mato maiodo com a gente!!! GRANDE ABRAÇO!!!
Galera aqui vão os links para contato da banda:
Site Oficial : http://www.redfront.com.br/
Twitter : @REDFRONTBAND
Matéria Original : Groundcast

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